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31/08/2012
Economia brasileira irá se recuperar
Economia brasileira irá se recuperar nos próximos meses, dizem entidades
Apesar do baixo crescimento do PIB, os estímulos fiscais do governo e as quedas de juros poderão movimentar a economia no próximo semestre
SÃO PAULO - O PIB (Produto Interno Bruto) apresentou crescimento de apenas 0,4% neste segundo trimestre de 2012. O resultado, bem abaixo dos 2% do crescimento anual, afeta diretamente o desenvolvimento do País e preocupa entidades, como Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A Fecomercio afirmou que o resultado pouco expressivo se deve a baixa taxa de investimento e a falta de poupança no Brasil, que limitam a capacidade de crescimento. No último trimestre, o País apresentou taxa de FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) de 17,9% do PIB e a poupança interna foi de, somente, 16,9% do PIB. Taxas que, de acordo com a entidade, não permitem um crescimento muito superior a 1,5% ou 2% ao ano.
Ainda segundo a Fecomercio-SP, para que o Brasil tenha um crescimento sustentado de, aproximadamente, 5% ao ano, teria que elevar os níveis de poupança e investimento para, no mínimo, 25% do PIB. Um avanço de 50% no patamar atual. A mudança, contudo, levaria ao menos uma década para ser concluída.
Perspectivas de crescimento
Mas, tanto a Fecomercio-SP quanto a CNI acreditam em um segundo semestre mais aquecido. Os estímulos fiscais do governo e as constantes quedas de juros poderão movimentar a economia nos próximos meses.
“Enfrentamos muitas dificuldades. Mas as políticas que o governo tem adotado, como a redução dos juros e as desonerações tributárias e da folha de pagamento, fazem parte de um plano para que a indústria brasileira se recupere”, destacou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Andrade ainda comenta que os efeitos das medidas adotadas pelo governo serão sentidos nos próximos meses. “A nossa expectativa é que a indústria cresça entre 1,5% e 1,7% em 2012”. Já a Fecomercio-SP projeta que no fim e 2012 a economia terá crescimento de 4% ao ano, o que poderá puxar o PIB anual.
“O ritmo, entretanto, não poderá se sustentar por muito tempo, não enquanto o ambiente de negócios e as condições de investimento não forem radicalmente alteradas”, disse a entidade em nota.
Fonte: InfoMoney
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