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25/07/2012
Fiesp propõe prazo de 60 dias
Fiesp propõe prazo de 60 dias para pagamento de impostos das indústrias
Segundo pesquisa realizada pela entidade, o descompasso destes prazos gera despesa adicional de R$ 7,5 bilhões
SÃO PAULO - O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, propôs a ampliação dos prazos para 60 dias do recolhimento de impostos das indústrias ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao Secretário da Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi, durante evento na sede da entidade.
Um levantamento realizado nessa semana, pela Fiesp, chamado “Necessidade de Capital de Giro para Recolhimento de Tributos e o seu Custo Financeiro para a Indústria de Transformação”, revelou que há um descompasso médio de mais de 50 dias entre o prazo de pagamento dos impostos feito pelas empresas industriais e o recebimento dos valores provenientes das vendas.
Esse conflito de datas traz a necessidade das empresas utilizarem linhas de crédito de capital de giro, com alto custo para as companhias, dinheiro que poderia ser utilizado para investir, gerando emprego, renda, consumo e produção – aumentando a competitividade brasileira. A pesquisa ainda traz a conclusão de que o descasamento desses prazos também gera despesa adicional de R$ 7,5 bilhões para as empresas industriais, somente com pagamento de juros das operações de capital de giro.
Assim, a entidade sugeriu uma ampliação de forma definitiva no desse prazo vigente de recolhimento, o que liberaria R$ 140 bilhões para outros investimentos. “Essa solução seria eficiente, prática e democrática. Dessa forma, haveria mais liquidez para todas as empresas e isso estimularia a economia como um todo”, disse Skaf.
Herança fiscal
Os prazos estabelecidos vem da época da hiperinflação, quando os governos federal e estadual antecipavam ao máximo o recebimentos desses impostos para que o dinheiro não perdesse valor. Com a inflação controlada, a medida passou a ser desnecessária, podendo ser revista em benefício aos setores produtivos.
Fonte: InfoMoney
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